Fóssil
Poema transcrito do Médico e Amigo Rogério Brandão
Em vão procurei-me.
Não me encontrei, por certo:
Páginas remotas, em branco assinada!
Se existo, não sei...creio ser, porém.
Deve existir registro de mim em algum lugar
( que desconheço)
Ainda que tele-meta-físico
Serei alma apenas?
( ouço murmúrios e citações a meu respeito)
Contudo vagos, longínquos, fugazes...)
Terei eu morrido?
(mas...o que é morrer para quem não existiu, vida?
O que é partir se não há destino? )
Sou... contudo, nem sei!
De que vale ser então?...
Melhor é partir de vez.
mesmo sem rumo, certeza, vestígios ou refúgio
sem vinculo, perdido, ausente, rompido...
sem ancestralidade nem descendência
ignorando, subtraído, inexisto...
Fui!...
(porem)
Sem jamais ter sido!