... Enchias de sorriso o ambiente por onde passavas.
Sorriso grande e largo que contagiava todo o ambiente...
Sorriso até barulhento... Enchias toda a sala...
Enchia-me de sorriso quando passavas...
Janeladavida
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
“... Um dia, não faz muito tempo estavas aqui.
Passam-se os dias e os dias, meses e anos...
...a noite vem e o dia vai-se... Mas a tua lembrança
estará sempre presente.
Um dia não faz muito tempo...
janeladavida
“...mas uma sombra, ao menos, do que no fundo do nosso espíritosabemos bem ser intraduzível, por exemplo...”
“...a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como o rasto de um sonho que o tempo não apagará por completo.”
A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes
podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante
sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas
o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se
viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de
noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto
maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso
voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao
lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.
Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.
Cora Coralina
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Coração é terra que ninguém vê
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
Cora Coralina
sábado, 7 de abril de 2012
Dúvidas... muitas dúvidas
Procuro me escutar...
Procuro no silêncio encontrar respostas.
Que respostas....não encontro e continuo com minhas dúvidas. Meu Rui virou estrelinha Janeladavida
...
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Não posso dar-te soluções
para todos os problemas da vida,
nem tenho resposta
para as tuas dúvidas ou temores,
mas posso escutar-te
e repartir contigo.
quarta-feira, 28 de março de 2012
No silêncio
No silencio maior estou sempre sozinho
Angustia que me consome por não mais te ter
Sonhos perdidos no vazio do meu silêncio
...
Janela da Vida - Su
sexta-feira, 23 de março de 2012
"Deixa-me um sinal
quando quiseres.
Uma pedra, uma estrela ou uma ave
um cheiro,
um aroma
ou um morango
Uma cruz
talhada na minha porta
Que o caminho eu acharei
encruzilhado
entre o gesto e o espanto
pressentido
entre o vácuo e o manto!
ou o mar !
ou o vento!
ou as velas do meu barco
parado algures
no inevitável
porto das esperas."
LuizaCaetano.
(Poetisa portuguesa.)
Saudade...
Saudade que chegou para ficar.... e que trouxe uma dor doida.
Momentos de ansiedade...
Vida que é vida, que é vivida, que dói com uma dor tão doida que chega a doer de morrer.
Partida fração de um dor, forçada e não consentida
Partida sem despedida...
Estrada comprida e pior sem despedida.
Momentos de ansiedades...
...
domingo, 18 de março de 2012
Foto: Andrade
Quedamos sempre sozinhos
Em nossas horas maiores
A dor, veneno latente,
Corrói-nos a alma em segredo.
A mais gloriosa alegria
Floresce na solidão.
Helena Kolody
In: Correnteza
quarta-feira, 14 de março de 2012
Todo o Sentimento
Chico Buarque e Oswaldo Montenegro Desligar o son de fundo do blog no playlist
Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente.
Preciso conduzir
Um tempo de te amar,
Te amando devagar e urgentemente.
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez,
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.
Depois de te perder,
Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Todos os jardins deviam ser fechados,
com altos muros de um cinza muito pálido,
onde uma fonte
pudesse cantar
sozinha
entre o vermelho dos cravos.
O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência
nem o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por eles passa indiferente.
Mário Quintana
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Há um grande silêncio que está à escuta...
E a gente se põe a dizer inquietamente qualquer coisa,
qualquer coisa, seja o que for,
desde a corriqueira dúvida sobre se chove ou não chove hoje
até a tua dúvida metafísica, Hamleto!
E, por todo o sempre, enquanto a gente fala, fala, fala
o silêncio escuta...
e cala.
Mário Quintana
In: Esconderijos do Tempo
Foto: Rui Andrade
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Saudade
Saudade ausência doida
Ausência que dói e maltrata
Saudade do que não volta... dor que não mais para.
Saudade do tempo que não retorna.
Quisera eu parar o tempo, no tempo em que fui feliz.
Saudade não me maltrata...
....e retorna para tempo de Eu feliz.
.....
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Neste dia apenas a lembrança dos anos vividos. Não podias ter ido sem me levar. janeladavida
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Mário Quintana é um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Nascido há 106 anos no Rio Grande do Sul, Mario Quintana iniciou sua carreira como tradutor, escritor e jornalista.
Devido a seu trabalho como tradutor pudemos conhecer parte da literatura universal traduzindo autores consagrados como Virginia Woolf e Voltaire.
Em 1939 teve a felicidade de ter um livro encomendado por Monteiro Lobato, além dele Mário Quintana tinha vários admiradores: Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira.
Apesar disso, não conseguiu uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Mas, esse fato não o abalou, pelo contrário, foi por causa disso que ele escreveu o famoso Poeminho do Contra:
Poeminho do Contra
Todos esses que aí estão Atravancando meu caminho, Eles passarão… Eu passarinho!
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Dia 09 de Fevereiro dia do Frevo
Desligar o som de fundo no play list
O carnaval recifense possui uma música e uma dança carnavalesca própria e original, nascida do povo. De origem urbana, surgiu nas ruas do Recife nos fins do século XIX e começo do século XX.
O frevo nasceu das marchas, maxixes e dobrados; as bandas militares do século passado teriam dado sua contribuição na formação do frevo, bem como as quadrilhas de origem europeia.
Deduz-se que a música apoiou-se desde o início nas fanfarras constituídas por instrumentos de metal, pela velha tradição bandística do povo pernambucano. O ritmo é bastante animado e famoso até hoje em todo Brasil.
A palavra frevo vem de ferver, uma vez que, o estilo de dança faz parecer que abaixo dos pés das pessoas exista uma superfície com água fervendo.
Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente.
Preciso conduzir
Um tempo de te amar,
Te amando devagar e urgentemente.
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez,
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.
Depois de te perder,
Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado t
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Um Dia
“ ...Um dia pensamos ser dono das coisas e de tudo....
Descobrimos quão frágil é a vida e quão vulnerável somos nos.
De que serve todos os bens adquiridos se um dia partimos.
Um dia acordamos e vimos que tudo que nós restou foram as lembranças daqueles que se foram e que amamos.
....... O importante verdadeiramente não se perde e fica assim a lembrançapara sempre.”
....
sábado, 28 de janeiro de 2012
História da Garota de Ipanema
A música Garota de Ipanema foi originalmente composta em 1962.
Texto divulgado por Vinícius de Moraes em 1965: A verdadeira Garota de Ipanema.
Seu nome é Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, mas todos a chamam de Helô.
Há três anos ela passava, ali no cruzamento de Montenegro e Prudente de Morais, em demanda da praia, e nós a achávamos demais. Do nosso posto de observação, no Veloso, enxugando a nossa cervejinha, Tom e eu emudecíamos à sua vinda maravilhosa.
O ar ficava mais volátil como para facilitar-lhe o divino balanço do andar. E lá ia ela toda linda, a garota de Ipanema, desenvolvendo no percurso a geometria espacial do seu balanceio quase samba, e cuja fórmula teria escapado ao próprio Einstein; seria preciso um Antônio Carlos Jobim para pedir ao piano, em grande e religiosa intimidade, a revelação do seu segredo.
Para ela fizemos, com todo o respeito e mudo encantamento, o samba que a colocou nas manchetes do mundo inteiro e fez de nossa querida Ipanema uma palavra mágica para os ouvintes estrangeiros. Ela foi e é para nós o paradigma do broto carioca; a moça dourada, misto de flor e sereia, cheia de luz e de graça mas cuja a visão é também triste, pois carrega consigo, a caminho do mar, o sentimento da mocidade que passa, da beleza que não é só nossa - é um dom da vida em seu lindo e melancólico fluir e refluir constante.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Amália Rodrigues - Fado Lisboeta
Desligar o son de fundo no playlist abaixo do perfil
Não queiram mal a quem canta
Quando uma garganta se enche e desgarra
Que a mágoa já não é tanta
Se a confessar à guitarra
Quem canta sempre s ausenta
Da hora cinzenta da sua amargura
Não sente a cruz tão pesada
Na longa estrada da desventura
Eu so entendo o fado
Pla gente amargurada à noite a soluçar baixinho
Que chega ao coração num tom magoado
Tão frio como as neves do caminho
Que chora uma saudade ou canta ansiedade
De quem tem por amor chorado
Dirão que isto é fatal, é natural
Mas é lisboeta
E isto é que é o fado
Oiço guitarras vibrando e vozes cantandona rua sombria