sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Fóssil


                        Poema transcrito do Médico e Amigo Rogério Brandão



Em vão procurei-me.
Não me encontrei, por certo:
Páginas remotas, em branco assinada!


Se existo, não sei...creio ser, porém.
Deve existir registro de mim em algum lugar
       ( que desconheço)
Ainda que tele-meta-físico


Serei alma apenas?
( ouço murmúrios e citações a meu respeito)
Contudo vagos, longínquos, fugazes...)

Terei eu morrido?
(mas...o que é morrer para quem não existiu, vida?
O que é partir se não há destino? )

Sou... contudo, nem sei!
De que vale ser então?...
Melhor é partir de vez.
mesmo sem rumo, certeza, vestígios ou refúgio
        sem vinculo, perdido, ausente, rompido...
        sem ancestralidade nem descendência
        ignorando, subtraído, inexisto...

Fui!...
(porem)
Sem jamais ter sido!




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